Não é de agora que a situação dos telejornais da Record preocupa os
executivos da Barra Funda. A redução na audiência do “SP Record” e
“Jornal da Record” foi detectada logo após a saída de José Luis Datena,
mas nenhuma medida tomada pelos estrategistas da emissora, entre elas a
redução das janelas comerciais, conseguiu frear a tendência de queda.
Nesta semana, o jornalista Ricardo Feltrin publicou em sua coluna no F5
um quadro que aponta redução de 13% na audiência do “Jornal da Record”, o
produto mais importante da grade com valor comercial elevado. Nos
bastidores da Barra Funda há quem afirme que, se continuar neste
patamar, será questão de tempo para os anunciantes do telejornal pedirem
desconto em seus pacotes.
O fato é que este cenário foi provocado pela estreia precipitada do
“Cidade Alerta”, que interrompeu uma fase boa do “SP Record”, com médias
mensais na casa dos 9 de média, 4 pontos a mais da atual fase. Os
executivos da Record acreditavam que a volta de José Luis Datena
aumentaria a audiência e colocaria a Record grudada na Globo.
Entretanto, para não deixar a Band ganhar terreno, o “Cidade Alerta”
entrou no ar sem a estrutura necessária e os investimentos feitos não
foram necessários para prender o telespectador. O resultado foi a queda
da audiência ainda com José Luis Datena. O estrago já estava feito com a
inversão do horário do “Jornal da Record”. Depois, a emissora deixou o
“Cidade Alerta” agonizar no vídeo, desgastando ainda mais sua imagem.
Uma sequência de erros que agora custa caro ao departamento “menina dos
olhos” da Record, porque lá pela Barra Funda o jornalismo ainda é o que
ocupa mais espaço na grade e o que garante os melhores resultados. Se o
efeito cascata atingir a grade noturna (e os índices das novelas estão
estacionados), o sonho de encostar na Globo ficará cada vez mais
distante.
(Fonte: parabolicajp.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário